Casos de Traipu
O reboque da lancha
O amigo Duca,era ainda estudante de advocacia,trabalhava como correspondente da Gazeta.
Nesse ele tempo ja gostava de embarcacoes.Com poucos recursos,comprou uma lanchinha de zinco,no moto nautica Clube do pontal da Barra em Maceió. Queria trazer para o rio São Francisco,para passearmos,aqui nos arredores de Traipu.Tinha Munguengue,Cazuqui,Riacho Grande,povoadosda orla do rio,para fazer nossas visitas com pretensões políticas.Eu tinha um Chevete, e era esse ,que iria trazer essa lanchinha para cá.Tocamos para Maceió.O carro não tinha engate, e Duca ainda tava em negocio com um reboque.Comprado o mesmo ,fomos numa oficina para confeccionar o engate.Foi feito as pressas,com solda elétrica diretamente no carro.Esse trabalho ,teve muita dificuldade, por ser feito por debaixo daquele veiculo,numa posição ruim,teve lugares que a solda ficou fraca.O reboque de vez enquanto soltava do lugar. Não contamos quantas vezes paramos,mas foram muitas mesmo,ate demais..Antes de São Miguel, as soldas soltaram as peças,ficando pendurado a metade do engate,enquanto a outra já arrastava no chão. Não andava cem metros, se ouvia o barulho de algo que se riscava o asfalto.E nos lugares deserticos,sem assistência nenhuma.Naquele tempo,era difícil .Até uma borracharia por perto,não se encontrava.Mas depois de tanto trabalho,tocamos em frente.Amarramos com cordas, em pedaços de paus, e devagar avançamos ate Arapiraca.Com muita dificuldade,nas estradas ruins,chegamos em Traipu.Tivemos que amarrar mais cordas em pedaços de caibros,no próprio reboque,que quase se desmanchou. Foi uma verdadeira aventura, porém conseguimos. O nosso objetivo, era ver aquele barquinho de zinco,boiar nas águas do São Francisco,no porto do Sacão em Traipu.Duca Mendes,depois ficou horas, namorando seu barco ,seguro por uma ancora,que dançava,na marulhada das ondas, formando espumas flutuantes. Valeu!
Mas ele sempre foi homem de negocio,e numa oferta que Rui fez,não recusou ,.
Negocio fechado,
Vendeu-o,ficou sem o tal. Tinha direito de andar quando quisesse,também pudera, era genro do homem.
Negócio perfeito.
Por Ciro Machado.
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domingo, 4 de novembro de 2012
O reboque de duca
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