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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Ze da bagaceira

FPERSONAGENS POPULARES DE TRAIPU ZÉ da Bagaceira,foi um cara esperto pra negocio,depois se enrolava todo. Trabalhador,sempre dando uma de vivaldino.Casou-se varias vezes,uma das quais ,pra não morrer ,arrumou um padre falso (que vestiu uma batina ,celebrou o seu casamento ,( com a filha de um senhor do  interior de Traipu),que não aceitava a desonra dela. Ele já era casado duas vezes,tudo não passou duma armação pra sair da enrolada que tinha se metido.Certa feita,andava pras bandas de Itabi,vendendo as bugigangas,seu comercio tava fraco,resolveu da uma de curador,pai de santo.Enterrou um ovo, com um bolo de cabelos colado no meio da porteira da Fazenda dum senhor que tava com problemas .Disse que tiraria o feitico.Pediram para ele tirar o encosto.Na casa do Fazendeiro com boa conversa rezou sua ladainha,garantindo que toda coisa ruim que atrapalhava , nunca mais atormentava..aquela família,Disse uma luas.Depois chamou o fazendeiro para ir cavar a macumba. O tabareu ao ver o ovo com cabelo ficou atônito ,acreditou naquela mentira,pagou o que ele quis.Já em Traipu,num outro dia ele passando pela rua de cima, numa hora aperreada pediu ao dono da casa para ir no banheiro .A casa era dum político.Quando entrou viu uma tarrafa pendurada ,e notou ela lhe reclamava. Nunca mais tinha entrado  na água.Na hora se assustou e correu para o quintal ,onde também uma rede de caceia(pesca de arrasto) apelava pedindo :Zé .tou morrendo de sede, me molhe ,nunca mais meu dono me levou ao rio,depois que eles entraram pra política,fiquei aqui no desprezo,tenha compaixão de mim me jogue na água.Ele entao pegou um balde dagua do banheiro e jogou nas redes.Isso  ele contava porque gostava de falar tinha a língua grande,e não ficava  contente com  aquela familia vivendo bem .Contador das estorias dos outros,mas esquecia que ele tinha mais historia pra ser contada .As vezes saia numa caravam sua pra o sul do país cheio das santos de madeira feitos por seu Camilo, e para ter facilidade por onde passava ,nao ser parado por guardas,vestia uma batina de frade.Ainda benzia gente nos restaurantes da estrada onde filava o almoço.E  assim viveu muito tempo ,sempre encontrando um jeito de sair das encrencas que arrumava.Morreu ainda moço, antes dos sessenta anos

Por Ciro Machado.

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